sábado, 16 de maio de 2009

A Força das Palavras

Qual o objectivo da invenção da escrita?
Para gravar o passado e contar às gerações futuras, para guardar segredos, para nos expressarmos... Mas esquecemo-nos nós de quem lê, ou ouve as palavras?
Nem toda a gente entente o passado, nem toda a gente sabe desvendar segredos, nem toda a gente sabe entender o significado das palavras. Será que as palavras se destinam apenas a algumas pessoas? Se não se destinassem todas perceberiam o passado da mesma maneira, não haviam segredos para desvendar nos livros e toda a gente se compreendia mutuamente. Mas não. As coisas não são assim.
As palavras podem mover, emocionar e magoar.
Por isso, quando as proferimos ou escrevemos, sabendo que cada uma se destina a diferentes pessoas, devmos ter cuidado com as que ousamos largar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crónica Juvenil

A juventude é como o mundo: evolui com o tempo.
Faz parte do meu quotidiano, passar pelas ruas já tão pisadas, frequentemente. É esse facto que me faz pensar vezes sem conta, quem já pisou aquele chão e o que cada metro quadrado de terra já presenciou. Inúmeras situações suponho. Qual delas as mais importantes? As casuais? E as outras?
Talvez já tenha presenciado aquilo que por vezes vejo: os "crimes" da sociedade.
"Crimes" é uma palvara forte, com um significado carregado, que significa erros graves. Para revelar o que falo, era preciso formular e reformular uma série de conceitos filosóficos, mexendo com ética e moral. Mas, de uma maneira simples, posso referir "crimes" (segundo as regras estipuladas pela sociedade), como o desrespeito, a arrogância, o egoísmo e o próprio gosto pelo mal. No entanto, será certo julgar as pessoas por isso? Quem é a sociedade, se não passa de uma população de seres imperfeitos, comparando com o seu próprio ideal de divino (perfeição), para julgar a mesma sociedade que comete os "crimes", que ousa condenar a si mesma?
Resumidamente, todos nós somos "criminosos" de certa forma. Mas no fim de contas, somos nós que podemos escolher a gravidade dos erros que comentemos. É por isso que se pensa.

Rugas


O tempo passa
O velho senta,
O velho recorda,
O velho pensa...

Pensa no que foi,
No que era,
No que será.

Relembra o que já lá vai,
Vive o presente,
Imagina o que virá.

Não teme o fim
Mas temeu o início.
Pois tudo quanto morto está,
Vive eternamente
E tudo quanto vivo está,
Alcança o "finalmente".

Marcas na pele,
Feridas no coração...
Olhos carregados,
Olhos tão amados
De tanta, ou tão pouca emoção.

O jovem é a beleza,
O velho a decadência.
Mas o jovem é a inconsciência
E o velho sabedoria e paciência.

Por isso,
Ele senta,
Ele recorda,
Ele pensa...
Ele chora,
Ele ri
Captando toda a essência
Do mundo onde vive,
Sem ter medo do fim.