domingo, 14 de dezembro de 2008

Perdoa-me (se conseguires)

Perdoa-me (se conseguires) pelos meus erros. Perdoa-me (se conseguires) tudo o que fiz e tudo o que disse que te possa ter magoado. Perdoa-me (se conseguires)…

Não controlo as minhas emoções e por vezes elas fogem-me e magoam quem eu não quero. Sei que tu és uma delas e que muitas dessas eu te fiz.

O mundo (por vezes) é injusto. Eu também! Será que aconteceu porque o mereces? Não sei. Isso não te posso dizer… Só te posso pedir desculpa pelo que te faço e pelo que possivelmente farei, porque nada sou para to fazer e porque a mim nunca nada de mal fizeste, para que eu te magoe. É incontrolável. E se o conseguisse controlar, podes ter a certeza que não acontecia.

Todos os dias navego nas minhas tempestades emocionais, que por vezes me afundam o barco... E caio nesse mar fundo de sentimentos, que me trocam as voltas e as decisões que já tinham sido tomadas. Terei eu coragem de as ancorar? Se (não) tiver, ajuda-me… Não me deixes afogar; e se um dia me afogar, salva-me e perdoa-me se o vento me levar para outro rumo e eu entre nessa vontade.

Não quero pensar nas tempestades que virão… Só quero ter a certeza de que não me vais jogar no mar alto, para que lá cumpra uma pena, por te ter magoado… Se o fiz ou se o fizer, perdoa-me (se conseguires), porque só fui fiel ao sentimento que me enchia na hora. Vê-me como o tempo, que altera todos os dias e que não se controla a ele próprio e vê-te a ti como uma estrutura que aguenta frio e chuva e (quase) todas as mudanças possíveis temporais… De uma outra forma (tu sabe-lo porque já to disse), vê-me como um barco á deriva e vê-te a ti como o meu porto de abrigo, a quem recorro sempre que preciso. Quero-me abstrair de toda essa dura realidade e focar-me no que sei que sinto por ti e que por sinal também não tenho a noção.

Obrigado por me voltares a ancorar e desculpa-me se voltar a errar. Apenas, quero que saibas, que se um dia isso acontecer, eu fi-lo por uma razão qualquer, menos por uma que te queira mal. Fi-lo apenas para seguir o que sinto e um dia mais tarde não ter que sentir remorsos por não me ter deixado levar pelo vento para qualquer uma das pontas do mar.

Gosto de ti. Gosto muito de ti, só não sei de que maneira, mas quero-o saber. Por isso, se depois de o saber o meu barco quiser se deixar levar pelo vento para um outro lugar, perdoa-me e mantém-me o porto seguro acessível, nem que seja, para em vez de um beijo, te dizer o quanto gosto de ti apesar de seguir outro rumo… Perdoa-me (se conseguires).